quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Erosão

Erosão é o conjunto de processos geológicos que implicam em retirada e transporte do material solto (solo) da superfície do terreno, o que provoca o desgaste do relevo. Os principais agentes de transporte são a água, o vento e o gelo. O material transportado (sedimento) vai dar origem aos depósitos aluvionares, bacias sedimentares e as rochas sedimentares.
Podemos classificar a erosão da seguinte forma:
  • EROSÃO PLUVIAL: É causada pela retirada de material da parte superficial do solo pelas águas da chuva. Este processo é potencializado quando a água encontra o solo desprotegido de vegetação. A ação da água se dá primeiramente com o impacto das gotas de chuva no solo, o material, em geral a fração mais fina, é lançado para cima e para fora em movimentos radiais a partir do ponto de impacto, fenômeno conhecido como salpicamento. A força deste impacto força o material mais fino para abaixo da superfície, provocando a obstrução da porosidade do solo, aumentando o fluxo superficial e conseqüentemente a erosão. As formas mais comuns de erosão pluvial são: Erosão laminar: Ocorre quando a água corre uniformemente pela superfície como um todo, transportando os sedimentos sem formar canais definidos. É uma forma mais amena de erosão, no entanto é responsável por grande prejuízo às terras agrícolas e pelo assoreamento de rios, lagos e represas. Erosão em sulcos ou ravinas: Ocorre quando a água se concentra em filetes, atingindo maior volume de fluxo podendo transportar maior quantidade de sedimentos formando sulcos e ravinas na superfície. Estas ravinas podem chegar rapidamente a alguns metros de profundidade. 

    • EROSÃO FLUVIAL: É causada pela ação das águas de rios ou de riachos, e pode ser lateral, quando o desgaste é efetuado nas margens, provocando o alargamento dos vales ou vertical, quando a erosão atua no aprofundamento do leito dos rios. O poder erosivo de um rio será tanto maior quanto maior for o seu caudal e a inclinação de seu leito, que pode sofrer variações ao longo do percurso. Na nascente do rio ou montante o poder erosivo e de transporte de sedimentos é muito intenso, a água escava vales em forma de V, no curso médio do rio, a inclinação diminui e as águas perdem força e a sua capacidade de transporte diminui, os vales tem a forma de V aberto e em época das cheias, o rio transborda, depositando nas margens grande quantidade de aluviões. Nessas regiões formam-se grandes planícies sedimentares. Finalmente no seu curso inferior, correspondente às zonas mais próximas de sua foz. A inclinação do terreno torna-se quase nula e há muito pouca erosão e quase nenhum transporte. O vale alarga-se e o rio corre sobre os sedimentos depositados. A foz pode estar livre de sedimentação ou podem surgir aí acumulações de aluviões que dificultam a saída da água. No primeiro caso, recebe o nome de estuário e no segundo, formam-se os delta.
    • EROSÃO MARINHA:Causada pela ação do mar, através das correntes marinhas, ação das ondas e marés. O efeito erosivo das ondas é devido à própria água e pelas partículas de areia e silte que são mantidas em suspensão pela água em movimento. A erosão provocada pelas correntes marinhas pode carregar grandes cargas de sedimentos de uma área para outra, depositando sedimentos em determinada estação ou época do ano e erodindo em outra. As falésias (fig.5) são um exemplo de erosão marinha, o efeito erosivo provoca o solapamento de sua base e a conseqüente queda da parte superior, que também acaba sendo erodida.
    • EROSÃO GLACIAL: Formada pelas geleiras ou glaciares, forma vales em forma de U , ou fiorde  se estiver junto ao mar. Este processo ocorre devido a variação das glaciações em locais com predominância de rochas porosas. No verão, a água se acumula nas cavidades dessas rochas, no inverno, essa água congela e sofre dilatação, pressionando as paredes dos poros. Terminado o inverno, o gelo funde, e no inverno seguinte, congela novamente. Esse processo ocorrendo sucessivamente, desagregará, aos poucos, a rocha, após um certo tempo, causando o desmoronamento de parte da rocha, e conseqüentemente a formação destas feições características.
    • EROSÃO EÓLICA: É aquela causada pela ação do vento, e para que ocorra é necessário a presença de correntes constantes de ar e de partículas soltas que possam ser transportadas e servirem como projéteis na desagregação da rocha. Esta combinação de fatores é comum em ambientes áridos e secos, onde a cobertura vegetal do solo é pequena ou nenhuma. O tamanho das partículas e a força do vento influenciam diretamente este transporte, que se dá de três formas, à saber: Arrastamento ou rolamento, saltação e suspensão.
    • EROSÃO DIFERENCIAL: Processo no qual as rochas presentes tem características diferentes umas das outras e, portanto o grau de erosão é diferente. Os mesmos agentes erosivos sobre rochas com dureza e coerência diferentes dá origem a formas de erosão particulares. Em terrenos onde há intercalação de camadas resistentes e camadas menos resistentes se estas camadas são horizontais, formam-se encostas em degraus. Se as camadas são inclinadas formam-se uma sucessão de cristas e vales alongados e paralelos. Dependendo da inclinação destas camadas, os vales terão vertentes assimétricas, chegando a produzir formas como cuestas e hogbacks
    • EROSÃO REMONTANTE: É aquela que ocorre quando o lençol freático é interceptado pela superfície do terreno. Quando fluxo de água subterrânea, na forma de uma fonte, inicia a retirada das partículas do solo forma pequenos túneis que progridem pouco a pouco. Com o passar do tempo o solo que recobre este túnel, sofre colapso gravitacional ou subsidência, e todo o material desmontado é carregado pelo contínuo fluxo de água. Nas épocas chuvosas a infiltração é maior, reforçando a ação da erosão remontante. Este processo pode atingir grandes extensões e profundidades, sendo responsável pelo surgimento de uma feição geomorfológica característica conhecida como voçoroca.

    quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

    Território

    Local em que é exercido sobre ele uma relação de poder, domínio sobre determinada área. Este poder pode ser político, jurídico, simbólico, cultural, econômico e etc.

    Lugar

    Determinada área ou local em que se desenvolve uma relação afetiva, uma identidade entre o lugar e o indivíduo, sentimento de pertencer.

    Paisagem

    É a leitura que temos do momento de algum espaço, um recorte do momento, é tudo aquilo que podemos perceber por meio de nossos sentidos e, o que mais se destaca é visualização da paisagem. Pode ser definida como um conjunto de estruturas naturais e sociais de um determinado lugar em que se desenvolvem um intensa interatividade.

    Espaço Geográfico

    O espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá". (Milton Santos, 1976). Ou seja, é o palco das atividades humanas, é aonde o homem desenvolve sua atividades e transforma a natureza.

    terça-feira, 15 de dezembro de 2009

    Geologia Aparatos da Serra

    Associado ao Botucatu, indo em direção ao Itaimbezinho há uma associação de derrames, os primeiros com características mais básicas e com estruturas mais suaves (derrames Basálticos), e mais perto do Itaimbezinho derrames mas ácidos com estrutura de rocha mais rígida, aonde esse derrames se intercalam formando uma associação de derrames, que originam na parte mais basal o afloramento do aqüífero, em que o basalto vai ser a rocha selo. Neste contexto, o arenito está inserido entre as rochas oriundas de derrames.

     
    A homogeneidade do arenito fornece as condições para a formação do aqüífero, e este vai estar confinado pelos derrames basálticos, nem sempre vai estar confinado, as vezes ocorre ao céu aberto, depende da formação geológica que vai capear esse arenito.


    Quando o basalto estiver fraturado vai formar um aqüífero do tipo fraturado, tendo um meio poroso como o Botucatu, formando um perfil diferenciado de erosão.


    A sucessão de derrames sobre o arenito vai formar patamares. Também o próprio derrame basáltico ou riolitico, ou seja, derrames + ácidos justamente na zona de disjunção colunar por diaclasamento.

    Cânion Itaimbezinho

    O cânion do Itaimbezinho localiza-se entre as cidades de Cambará do Sul e Praia Grande, estende-se por mais de 5.800 metros com uma largura que achega até 2.000 metros. É o cânion mais famoso dos Aparatos da Serra e, assim como o Parque Nacional dos Aparatos da Serra, é administrado pelo IBAMA.
    Encontramos vegetação típica de uma região com uma altitude mais elevada, encontra-se desde as gigantes Araucárias até as delicadas Brincos-de-Princesa.
    • Mata com Araucárias: Predominam as Araucárias, árvores ornamentais, são coníferas de madeira com grande interesse econômico, características das regiões de serra e possuem grandes estratos superiores. Ocorre também árvores menores como o camboim, e pinheiro bravo. No estrato inferior, encontramos arbustos de pequeno porte e na medida em que se tinha mais umidade notamos a presença dos Xaxins.
    • Campos: vegetação mais rasteira, com predominância herbácea.
    • Floresta Atlântica (mata pluvial): ocorre ao longo dos cursos dágua penetrando nos cânions.
    • Mata Nebular: tipo de vegetação comum em grandes altitudes, com muita umidade, vegetação baixa e densa, exemplos são as orquídeas e as bromélias.
    • Vegetação Rupestre: ocorre entre os rochedos e as escarpas do cânion, em uma fina camada do solo, presente os arbustos e ervas, crescendo em meio as rochas.
    • Turfas: fazem parte do processo de origem do carbono, em áreas alagadas que ocorrem depósitos de musgos e liquens.

     Cânion Itaimbezinho



    Brinco-de-princesa - símbolo do estado Rio Grande do Sul


    Araucária (angustifolia)